segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Itapirubá, S.C. também dá mergulho


Bela Itapirubá





Itapirubá é uma praia brasileira que está localizada metade na cidade histórica de Laguna e com sua outra metade no município de Imbituba, no estado de Santa Catarina.

Itapirubá tem belas praias, dunas e lagoas. Está próxima de cidades históricas, águas termais e de inúmeros outros pontos turísticos. É servida por duas praias distantes 250 metros uma da outra, as quais são separadas por um morro.

Em sua vista panorâmica se pode observar uma linda baía e a ilha das Araras, localizada a três quilômetros da costa. Nesta ilha pratica-se o mergulho e a pesca. O mar de águas límpidas é de ótima balneabilidade e há um morro para caminhadas ecológicas .

O nome Itapirubá tem origem indígena: "pedras que rolam para água". Colonizada por açorianos, mantém traços desta cultura que podem ser observados na gastronomia e na forma rústica do trabalho dos pescadores.

Alem disso, a praia atrai vários surfistas, pois as ondas da mesma são muito propícias ao surf.


Nesse fim de semana, podemos aproveitar as águas do costão, pois estavam claras e calmas.

Pra minha surpresa lá estava tão bonito quanto o costão de Bombinhas.
Podemos observar a grandeza da beleza marinha do lugar.
Haviam por lá mais ou menos umas quatro baleias franca.

Acompanhe as fotos.
                         






























Enfim, Itapirubá também da mergulho.

Há! Lá também tem a Ilha das Araras fomos de lancha até lá e fizemos um mergulho bem radical, confira na próxima postagem.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

O escafandro no mergulho



Após a invenção do escafandro fechado por Augustus Siebe em 1839, a exploração do fundo do mar ganhou, literalmente, fôlego. Por mais de 100 anos o escafandro tradicional sofreu pouquíssimas modificações e foi a principal ferramenta de trabalho dos mergulhadores.


O escafandro é provavelmente a imagem mais fácil de ser associada à exploração submarina e pode ser encontrado em uso até hoje. Apesar do peso (um modelo Mk V pesava mais de 100 kg), da pouca mobilidade (devido ao umbilical que fornecia ar a partir da superfície) e da visibilidade limitada, ele permitiu a realização de façanhas simplesmente inacreditáveis...


Em 1885 o mergulhador Alexander Lambert resgatou sozinho meio milhão de dólares em moedas de ouro de uma sala forte do naufrágio do Alfonso XII a 50 m, embora isto tenha custado a Lambert uma aposentadoria precoce graças a doença descompressiva.




Em 1905 arquitetos descobriram que a catedral de Winchester (Inglaterra) estava prestes a ruir devido a infiltração de água em suas fundações. Construída no século VII, a catedral era um monumento histórico e era inaceitável perdê-la. A única saída era utilizar mergulhadores para instalar apoios nas fundações, um trabalho gigantesco para a época. O surpreendente é que a tarefa foi realizada por um único homem, William Walker, entre 1906 e 1911. Durante 6 anos Walker mergulhou com seu escafandro 6 horas por dia em visibilidade zero para escavar 235 poços e instalar os reforços a 8 m de profundidade.


No início do século acidentes com mergulhadores se tornavam cada vez mais graves e frequentes devido a um mal que poucos compreendiam: a doença descompressiva. Em 1906 o almirantado inglês decidiu criar um comitê para investigar o problema, nomeando o professor John Scott Haldane como seu líder. Haldane atacou os problemas do mergulho de forma científica e introduziu diversos novos equipamentos, como câmaras de descompressão e compressores mais eficientes. Mas ele é lembrado até hoje por ter criado o conceito de descompressão em estágios e as tabelas de descompressão. As tabelas sofreram diversas modificações durante este século, mas suas teorias são utilizadas até hoje, inclusive nos modernos computadores de mergulho (alguém já ouviu a expressão "Modelo Haldaniano" ?).

O grande público começou a ter contato com o mundo submarino em 1916 quando estreiou nos EUA o filme 20.000 Léguas Submarinas. A maioria das pessoas que assitem ao clássico de 1954 produzido pelos estúdios Disney nem imagina que esta é a segunda versão para o cinema da obra de Júlio Verne. Quase 40 anos antes os irmãos Williamson utilizaram escafandros para produzir a primeira versão, mostrando cenas submarinas nunca antes vistas. Como as caixas estanques ainda não haviam sido inventadas, os Williamson criaram a fotosfera, uma esfera submersa para abrigar a câmara, ligada por um longo tubo à superfície que permitia ao operador subir e descer.

Apesar do grande interesse do público, quando o transatlântico Laurentic afundou durante a Primeira Guerra Mundial carregando mais de 25 milhões de dólares em barras de ouro, a marinha inglesa foi obrigada a iniciar uma operação altamente secreta para não chamar a atenção dos alemães. Entre 1917 e 1924 os mergulhadores da Royal Navy recuperaram praticamente toda carga do interior do naufrágio a 36 m de profundidade.



O homem utilizava o escafandro para executar trabalhos no mar, em pontes, portos, rios, naufrágios e em qualquer outro lugar onde houvesse água mas apesar da evolução, a profundidade máxima ainda era limitada. Alguns mergulhadores chegaram a descer a mais de 100 m com este tipo de equipamento e respirando ar, mas a narcose pelo nitrogênio praticamente impedia a execução de trabalhos mais complexos em profundidades além dos 30m.



Várias idéias surgiram nas primeiras décadas do século para romper esta barreira e uma das mais interessantes era a roupa blindada. O princípio idéia era simples: construir uma roupa que mantivesse o mergulhador à pressão atmosférica (evitando a narcose e a descompressão) e permitisse sua movimentação através de juntas flexíveis - algo como um micro-submarino com braços e pernas. Em 1913 já existia um modelo operacional, a roupa de Neufeldt-Khunke, que chegou a ser utilizada com sucesso em alguns resgates. Infelizmente estas roupas apresentavam um problema: com o aumento da profundidade, a pressão "travava" as juntas e impedia que o mergulhador se mexesse.


O impulso que faltava para o desenvolvimento do mergulho profundo veio da marinha dos EUA após a perda do submarino S-4 e toda a sua tripulação a 31 m. A revolta da opinião pública ao saber que a equipe de salvamento era capaz de se comunicar com os sobreviventes a bordo do submarino mas não tinha como resgata-los foi tanta que a marinha decidiu formar um grupo com o objetivo de aumentar a profundidade máxima de trabalho das equipes de resgate. Entre outros projetos, o grupo começou a trabalhar na utilização de hélio nas misturas respiratórias para diminuir o efeito da narcose.


 
Praticamente ao mesmo tempo, o Dr. Edgar End investigava o mesmo assunto com o auxílio de dois amigos, Max Gene Nohl e John D. Craig (que ficou famoso ao narrar suas aventuras submarinas em livro e em uma série de TV). Após diversos testes em câmara e o cancelamento de uma expedição ao naufrágio do Lusitania (95 m), em 1937 eles se sentiam prontos para tentar superar os recordes de profundidade da época. Utilizando um escafandro desenhado por ele mesmo e que parecia mais um farol que um equipamento de mergulho, Nohl atingiu a marca de 128 m. O escafandro funcionava de modo autônomo com dois cilindros de mistura respiratória e só era ligado à superfície por um cabo guia e pela linha de comunicação.


Mas a prova final de que o hélio era uma alternativa viável para o problema da narcose e só veio em 1939 com o afundamento de outro submarino americano. O Squalus submergiu sem fechar uma válvula e, com a água invadindo o submarino, os tripulantes não tiveram tempo de escapar e foram obrigados a refugiar-se nos compartimentos não alagados. Dos 59 tripulantes, 33 sobreviveram e ficaram presos a 75 m de profundidade.


O Squalus foi localizado rapidamente e em poucas horas um navio de resgate estava em posição. A idéia era utilizar um novo sino de mergulho que podia se acoplar em uma das escotilhas do submarino, funcionando como um elevador para trazer os tripulantes de volta à superfície. No entanto, era preciso fixar um cabo guia ao submarino. Os mergulhadores tentaram fixar o cabo diversas vezes, mas a narcose e o frio impediam que eles completassem a missão. Com o tempo se esgotando, a equipe tomou uma decisão: enviar um homem ao fundo utilizando um equipamento experimental e uma mistura à base de hélio. Em poucos minutos o mergulhador prendeu o cabo e após 12 viagens do sino, os 33 sobreviventes foram resgatados. Nas semanas seguintes, a marinha realizou mais de 100 mergulhos utilizando hélio para trazer o Squalus de volta à tona na operação de salvatagem mais profunda até então. A "embriaguez das profundezas" não era mais uma barreira para a exploração do fundo do mar.

Durante a Segunda Guerra o escafandro clássico continuou a ser utilizado, mas a necessidade de equipamentos mais simples e com mais mobilidade crescia a cada dia. Japoneses, italianos e ingleses utilizavam rebreathers de oxigênio em missões de combate, mas os efeitos da toxidade pelo oxigênio em profundidades maiores que 10 m limitava a aplicação deste tipo de equipamento.


Era preciso encontrar uma forma libertar os mergulhadores e, embora diversos pioneiros tenham demonstrado soluções para o problema durante a década de 30, foi preciso esperar até 1943 para que dois franceses, Jacques-Yves Cousteau e Emile Gagnan cortassem de forma definitiva os umbilicais, criando o Aqualung e dando início a um novo capítulo da história do mergulho.

Continue seguindo o blog, na próxima postagem você saberá como foi o nascimento do mergulho autônomo.
 


segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Mergulho na Barra Camacho S.C.

A Barra do Camacho, nos trouxe um belo mergulho neste mês de setembro, com uma paisagem litorânea diferenciada atrai visitantes para o litoral jaguarunense. Com 3100 metros de orla marítima de águas límpidas e areia fina é o sexto maior em extensão.

O canal Barra do Camacho, divisa de Jaguaruna com o município de Laguna, é famoso internacionalmente por um acontecimento histórico: Giuseppe Garibaldi, em 15 de julho de 1839, após ter naufragado no Rio Pardo caminha até os parcéis do Campo Bom junto com sua tripulação e ali tomam outra embarcação, o Seival. Entrando pelo canal da barra e navegando pela lagoa de Santo Antônio chegam até o centro da cidade de Laguna, onde surpreendem as forças imperiais que os esperavam em mar aberto junto ao canal da barra da cidade. O episódio ficou conhecido como a tomada de Laguna.


















































Até a próxima.