sexta-feira, 31 de agosto de 2012

A descoberta do mergulho


 Desde a antiguidade o homem depende da água para alimentação, transporte e defesa contra seus inimigos. O mergulho nasceu provavelmente a cerca de 30.000 anos, quando pela primeira vez um homem nadando viu um objeto no fundo, prendeu a respiração e desceu para tentar vê-lo melhor, sem utilizar nenhum tipo de equipamento.
Embora muitos achem que o mergulho é uma atividade recente, hoje já existem provas concretas de que o homem começou a criar acessórios que facilitassem suas aventuras sob as águas 6.500 anos atrás. Alguns desenhos assírios do ano 900 AC mostram homens debaixo d´agua respirando através de um saco com ar, provavelmente para fins militares, enquanto que cerâmicas gregas datadas de 600 AC ilustram o trabalho de mergulhadores no cultivo de esponjas no Mar Mediterrâneo.

A história antiga é recheada de narrações que mostram os feitos dos mergulhadores da época:
Heródoto narrou o trabalho de recuperação de tesouros de navios naufragados para o rei persa Xerxes no século 5 AC;
Alexandre o Grande mergulhava em uma câmara submersíel para observar a vida marinha e utilizava mergulhadores em suas ações militares;
Gregos mergulharam no porto de Siracusa para remover obstruções e cortar cabos de âncoras de navios inimigos durante a conquista da cidade;
Marco Polo descreveu como Kublai Khan presenteava seus seguidores no Oriente distante com pérolas coletadas por mergulhadores.

Como os compressores de ar ainda não haviam sido inventados, os mergulhos desta época eram feitos em apnéia ou utilizando sistemas primitivos para o fornecimento de ar através de sacos, baldes e mangueiras. Pedras amarradas em uma corda serviam de lastro e podiam ser abandonadas no fundo para facilitar a subida. Os melhores mergulhadores podiam permaner por mais de um minuto debaixo d´água e atingiam profundidades de até 30 m.

O mergulho profissional nasceu no mesmo período, quando os mergulhadores começaram a receber para trabalhar debaixo d´água. Existia até mesmo uma tabela de remuneração: até 1 m de profundidade, os mergulhadores ganhavam 10% do valor dos objetos resgatados; a 4 m eles ganhavam um terço e a 8 m ou mais eles chegavam a receber 50% do total.
Por mais de 1000 anos o mergulho evoluiu muito pouco, até que na era das grandes navegações o valor dos tesouros naufragados colocou muita gente para pensar em formas de se aumentar o tempo de fundo e a profundidade de trabalho. Mesmo assim, foi somente no século XVI que começaram a surgir as primeiras idéias práticas neste sentido.


                                                 HISTÓRIA DO MERGULHO


Leonardo DaVinci desenhou mergulhadores equipados com nadadeiras, capacetes, máscaras e respiradores mas não existem provas de que estes acessórios chegaram a ser construídos e Guglielmo de Lorena projetou o primeiro sino de mergulho moderno em 1531. Começava então uma nova fase na exploração submarina.

Os sinos de mergulhos ganharam este nome devido ao formato utilizado na época. Eles eram em geral construídos de madeira e abertos na parte inferior. Os mergulhadores podiam realizar breves excursões em apnéia para executar suas tarefas e voltar para o interior do sino para respirar. O ar era renovado através de barris invertidos enviados da superfície e guiados através de cordas. Embora primitivo, este sistema permitiu a realização de tarefas até então consideradas impossíveis:

Em 1663 mergulhadores recuperarm um canhão do navio Vasa, que havia naufragado a 33 m de profundidade no porto de Estocolmo;
William Phips resgatou em 1687 praticamente toda a carga do naufrágio do Nuestra Señora de la Concepcion;

Edmund Halley (o astrônomo que deu o nome ao mais famoso dos cometas) construiu em 1716 um sino que permitia aos seus ocupantes permanecer por mais de 4 horas a 20 m de profundidade e chegou a propor a instalação de capacetes ligados por mangueiras ao sino para facilitar o trabalho dos mergulhadores, embora não existam provas de que ele tenha conseguido implementar esta idéia.

                                           
                             HISTÓRIA DO MERGULHO

Em 1715 John Lethbridge deu mais um passo na evolução do mergulho ao construir a primeira roupa de pressão atmosférica. Construída em madeira no formato de um barril e dotada de vigias de vidro e saídas para os braços confeccionadas em couro, a roupa de Lethbridge permitiu que ele trabalhasse por mais de 20 anos resgatando cargas de navios em profundidades de até 20 m. Como a o mergulhador permanecia suspenso por um cabo ligado a um navio na superfície, a mobilidade era bastante restrita mas pela primeira vez ele estava livre das limitações do mergulho em apnéia.


Nos próximos 100 anos muito pouco aconteceu. Havia surgido um problema aparentemente intransponível: fornecer ar sob pressão para o mergulhador. Logo após a invenção do compressor de ar no início do século XIX, Charles Deane e seu irmão adaptaram um capacete utilizado em minas e incêndio para o mergulho, criando o primeiro escafandro realmente funcional. Mas o capacete dos irmãos Deane tinha uma grande limitação: como era simplesmente apoiado sobre os ombros do mergulhador, ele não permitia que este se inclinasse – o ar escapava e o capacete era tomado pela água, eventualmente afogando o mergulhador.


                                                   HISTÓRIA DO MERGULHO


Coube a Augustus Siebe dar o próximo passo ao inventar em 1839 a primeira "roupa fechada". Para evitar o alagamento do capacete, Siebe criou uma roupa impermeável na qual era fixada a parte inferior do capacete, o chamado corselete. Em poucos meses seu equipamento era utilizado pela maioria dos mergulhadores e o desenho básico permanceu inalterado pelos próximos 100 anos. Durante este período provavelmente dezenas de milhares de conjuntos semelhantes foram fabricados e alguns continuam em uso até hoje.


                                  HISTÓRIA DO MERGULHO


 

Poucos anos depois surgia na França o primeiro equipamento de mergulho autônomo. Criado por Rouquayrol e Denayrouze, este equipamento podia ser utilizado com ou sem uma máscara metálica tipo "full-face". O ar podia ser fornecido através de uma mangueira vinda da superfície (modo dependente) ou, em mergulhos mais curtos e rasos, transportado pelo próprio mergulhador em pequenos cilindros (modo autônomo). Embora o primeiro protótipo de Rouquayrol e Denayrouze tenha sido construído em 1872, um museu francês tem em sua coleção um modelo de produção fabricado pouco tempo depois e ainda em condições de uso (em uma feira recente nos Estados Unidos este equipamento foi demonstrado por diversos mergulhadores, incluindo Jean-Michel Cousteau).

Foi na mesma época que surgiram os primeiros trabalhos científicos sobre a descompressão. O fisiologista Paul Bert passou anos estudando os efeitos das altas e baixas pressões em animais e pode ser considerado o pai da medicina hiperbárica. Seu livro A Pressão Barométrica – Pesquisas em Fisiologia Experimetal foi publicado em 1878 e é até hoje considerado um clássico, pois introduziu as bases para criação da teoria da descompressão.


                                        HISTÓRIA DO MERGULHO


Com os novos equipamentos, contando com a ajuda de compressores de ar mais potentes e começando a entender os efeitos das pressão no corpo humano, o homem estava pronto para realmente começar a explorar o fundo do mar.

Se você está gostando da história do mergulho, continue acompanhando na próxima postagem a criação do escafandro.





quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Ressaca nas praias do farol

 A chegada de ondas violentas à costa começa quando rajadas de vento geladas e fortes, com até 50 km por hora, agita e faz subir o nível do oceano em até 2 metros, trazidas por uma frente fria sopram em direção ao litoral criando ondas de até 4 metros.
 Impulsionada por correntes marítimas, a massa de água caminha com velocidade crescente até encontrar o litoral. Ao chegar à praia, o mar agitado inunda a faixa de areia e as ondas quebram bem próximas da orla. A força da ressaca costuma alagar avenidas e danificar construções à beira-mar - há também relatos de banhistas, pescadores e curiosos, tragados pelo mar e levados para longe da praia pelas fortes correntes marítimas. "No Brasil, as ressacas são quase sempre causadas por frentes frias que atingem a nossa região Sul e o Sudeste. Podem ocorrer dezenas de vezes por ano, mas, felizmente, é possível prevê-las até cinco dias antes", diz o oceanógrafo Joseph Harari, da USP.

Foi o que aconteceu neste fim de semana, onde podemos observar nessas fotos.

O mar é muito belo mas quando fica ressacado, "saí de perto", porque quem manda é ele!


















 A batida das águas nesse costão foi tão forte que deve ter levantado aproximadamente uns 12 metros de altura.




 O que restou da ilha de pedra...





E em meio a essa turbulência quem avistamos mergulhando e nadando?
Ou era uma foca ou mais provável, um leão-marinho que andam nos visitando nesses últimos três meses, parecido com estes aqui da foto, ele também foi descançar nas pedras da ilha que estava quase encoberta pelas águas do mar em fúria.



A ressaca foi observada lá de cima do morro, especificamente próximo a casa alaranjada, muito alto.


Mas as praias próximas ao farol geralmente são assim:







Mas como diz o ditado :
Depois da tempestade vem a bonansa, vento sul clareando as águas do mar...


sábado, 18 de agosto de 2012

E a lei no mar?

 Mas agora eu vou falar pra valer daqueles pescadores lá de Bombinhas que não se contentaram em criar uma lei que proibe os mergulhadores de mergulhar e os banhistas de tomar banho durante a época da tainha, dizem eles os "mal informados" e que de fundo do mar não entendem nada, que a tainhas se afastam com a nossa permanência dentro da água nesse período, então esclarecendo a eles postei um vídeo anteriormente que mostra muito bem que nós não espantamos as tainhas e sim a atraímos para perto.
 Mas o que mais me revolta é que cumprimos a lei imposta, mas eles não cumprem a lei que diz que NÃO pode colocar redes próximo a praia, por exemplo, a Praia da Sepultura, já alguns fins de semana, observo que há várias redes espalhadas naquele local e o pior sempre tem um ou dois pingüins aparecendo mortos na areia , sem ferimento algum, outro dia presenciei um pingüim que na beira do mar pedia socorro, ele estava debilitado, sem forças, foi comunicada a polícia do ocorrido, que imediatamente vieram para resgatar o pequeno animalzinho marinho e levá-lo para ser tratado pelo órgão competente.
 Sem falar que lá nós temos tartarugas, leão marinho, como já vimos no verão passado, cavalo-marinho, polvo etc, uma imensidão de espécies marinhas sendo ameaçadas pelas REDES.

 Maltratar ou matar os animais não é crime? Temos que punir os criminosos!

Até quando existirá tanta maldade, até quando o egoísmo, a ganância e o interesse finaceiro irá tomar conta da cabeça de certas pessoas e destruir o que de mais belo nós temos e que o dinheiro não compra? Até quando?

Uma visão triste da realidade...
Mais ainda que feliz por ele está VIVO!






O IBAMA vamos fiscalizar e aplicar o cumprimento das leis!?...





Bombinhas nosso tesouro,
Quem sabe cuida!






 Agente que mergulha e vê o mar como realmente ele é, sabemos o quanto aos poucos ele vem sendo
dapredado, apesar da grande imensidão de beleza rara, ainda por desconhecidos vem sendo ameaçado.


















Isso sem falar do que fazendo no nosso ocêano, Há é o oceâno! Mas ele é seu também.
                                                  É vazamentos pra cá, é vazamentos pra lá...
E o que você está fazendo?
Em casa vendo tudo isso pela tv?
Divulgue, faça alguma coisa!